Quem está exposto habitualmente ao tabagismo passivo tem um risco cardiovascular quase tão elevado como o dos fumadores: – os não fumadores que inalam fumo alheio experimentam um aumento de 30% no seu risco de doença coronária. Mas o mais alarmante é a velocidade com que o tabagismo passivo lesa o sistema cardiovascular. “Sabemos que apenas trinta minutos de exposição ao fumo do tabaco alheio é suficiente para observar mudanças na função das artérias dos não fumadores”, afirma o Dr. Joaquín Barnoya, director de investigação da Unidade de Cirurgia Cardiovascular da Guatemala e Professor da Universidade Washington, em St. Louis (EUA). “O fumo do tabaco em segunda mão produz um dano directo ao endotélio (membrana interna dos vasos sanguíneos), responsável pela dilatação e contracção das artérias.” Vários estudos mostraram que o tabagismo passivo causa lesões cardiovasculares equivalentes entre 80 a 90% às lesões de que sofrem os fumadores. Daí a importância dos ambientes livres de fumo. “As novas evidências estão em consonância com o já conhecido e ajudam a compreender a diminuição rápida da doença cardíaca depois da implementação de ambientes livres de fumo de tabaco.” “ Na Itália, Califórnia (EUA) e noutros lugares do mundo, que implementaram ambientes livres de fumo, observou-se que a mortalidade e incidência de enfartes do miocárdio diminuiu rapidamente”, sublinha o Dr. Joaquín Barnoya. Resta saber se em Portugal, onde a lei vigora há cerca de um ano, os resultados são semelhantes. Mas tenhamos esperança de que assim seja. Já desde o início da sua publicação (1942) que a Saúde e Lar vem alertando os seus Leitores para estes perigos. É por isso, para nós, muito compensador constatar que, cada vez mais, a Ciência nos vai dando razão, embora um pouco a conta-gotas... Mas mais vale tarde do que nunca!
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