Se é fumador saiba que as suas capacidades cognitivas e o
bom ‘desempenho’ do seu cérebro saem prejudicadas com o hábito de fumar. De
acordo com um estudo do King´s College London, o hábito de fumar provoca danos
no cérebro, que se refletem na perda de memória e na capacidade cognitiva.
Esta pesquisa – que envolveu 8800 pessoas com mais de 55
anos e que foi publicada no jornal Age and Ageing – comprovou uma associação
muito consistente entre os piores resultados recolhidos e o vício tabágico: os
fumadores apresentaram piores capacidades cognitivas e menor capacidade de
memória, o que não é uma coincidência.
De acordo com Simon Ridley, investigador do Alzheimer´s
Research UK, diversas investigações associam os fumadores a menores resultados
em testes cerebrais. “As investigações têm ligado o vício de tabaco e a
hipertensão a um maior declínio cognitivo. Há também maiores riscos de
demência, realidade que vem corroborar as evidências deste estudo”, salienta
Simon Ridley.
Outro membro da equipa de investigação, Alex Dregan,
salienta o facto de “o declínio cognitivo ser ainda mais notório com o
envelhecimento e para um número crescente de pessoas, o que interfere com as
suas funções diárias”.
E se fumar provoca o declínio cognitivo, outro dado deve ser
sublinhado: esse declínio das capacidades do cérebro está associado aos riscos
de problemas cardíacos ou de acidentes vasculares cerebrais.
A hipertensão e o excesso de peso também prejudicam o
desempenho do cérebro, sendo que o único caminho para salvaguardar a saúde é
precaver estes problemas, com um esforço de cessação tabágica, uma dieta
equilibrada e atividade física regular.
Neste estudo, os 8800 voluntários foram sujeitos a testes de
memória e de reconhecimento de animais, que foram sendo repetidos de quatro em
quatro anos, duas vezes. Os fumadores apresentaram piores resultados. Este
estudo pretendia analisar a associação entre os estilos de vida salutares e os
problemas cardíacos, com as consequências nas capacidades cognitivas.
“Identificamos uma série de factores de risco que poderiam
ser associados a um maior declínio cognitivo, sendo que todos eles poderiam ser
diminuídos”, afirmou Simon Ridley, concluindo que é necessária uma mudança dos
estilos de vida para proteger o cérebro. E parar de fumar pode ser o primeiro
passo.
Autor: Joana Teles
Segunda-feira, 26 Novembro 2012 13:42
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